Falo do polvo (para quem ainda não tivesse descoberto). Oito patas agarradas à cabeça, e um sabor caraterístico que pode não agradar a todos os paladares... mas que a mim agrada!
Hoje fiz filetes, mas este multifacetado cefalópode também nos pode deliciar num arroz, ou assado, ou à galega, com batata cozida e colorau, ou até mesmo como entrada, bem envolto em molho verde.
Seja como for, o início é sempre o mesmo: cozer o polvo! Água e sal para a panela e, quando começa a ferver em cachão, diz o ritual que se deve submergir e emergir o polvo três vezes antes de, finalmente, mergulhá-lo inteiro. Assim seja!
Quando a água retoma a ebulição, contam-se vinte e cinco minutos, findos os quais, retira-se a panela do lume e deixa-se o octópode a repousar lá dentro, no quentinho, durante outros vinte e cinco minutos.
Finalmente, abro a panela e vejo o que restou do polvo (porque este encolhe como se tivesse ido à máquina de lavar!). A água agora rosada dará uma bela calda para arroz! Separo uma parte dela para esta vez e congelo o resto, para aproveitar outro dia.
Depois de o polvo arrefecer, desuno cada uma das suas oito patas e abro-as a meio, em filetes. Tempero com sal, pimenta, salsa, muito alho e sumo de limão. Quanto mais tempo o tempero tiver para seduzir o polvo, mais saboroso este ficará...
Antes de os fritar, rebolo os filetes em farinha e ovo batido, para ficarem douradinhos. Simultaneamente, aproveito a água em que o polvo cozeu para fazer um arroz magicamente cor de rosa!
Voilà! Filetes de polvo… com arroz do mesmo…
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