sábado, 7 de abril de 2012

... com arroz do mesmo...

É injusta a sua fama de monstro assustador! O preço é, de fato, suscetível de nos causar arrepios, mas se soubermos esperar por uma boa promoção, deixa de ser tão terrível.
Falo do polvo (para quem ainda não tivesse descoberto). Oito patas agarradas à cabeça, e um sabor caraterístico que pode não agradar a todos os paladares... mas que a mim agrada!
Hoje fiz filetes, mas este multifacetado cefalópode também nos pode deliciar num arroz, ou assado, ou à galega, com batata cozida e colorau, ou até mesmo como entrada, bem envolto em molho verde.
Seja como for, o início é sempre o mesmo: cozer o polvo! Água e sal para a panela e, quando começa a ferver em cachão, diz o ritual que se deve submergir e emergir o polvo três vezes antes de, finalmente, mergulhá-lo inteiro. Assim seja!
Quando a água retoma a ebulição, contam-se vinte e cinco minutos, findos os quais, retira-se a panela do lume e deixa-se o octópode a repousar lá dentro, no quentinho, durante outros vinte e cinco minutos.
Finalmente, abro a panela e vejo o que restou do polvo (porque este encolhe como se tivesse ido à máquina de lavar!). A água agora rosada dará uma bela calda para arroz! Separo uma parte dela para esta vez e congelo o resto, para aproveitar outro dia.
Depois de o polvo arrefecer, desuno cada uma das suas oito patas e abro-as a meio, em filetes. Tempero com sal, pimenta, salsa, muito alho e sumo de limão. Quanto mais tempo o tempero tiver para seduzir o polvo, mais saboroso este ficará...
Antes de os fritar, rebolo os filetes em farinha e ovo batido, para ficarem douradinhos. Simultaneamente, aproveito a água em que o polvo cozeu para fazer um arroz magicamente cor de rosa!
Voilà! Filetes de polvo… com arroz do mesmo…

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