sábado, 12 de maio de 2012

Doce sabor a tradição

Haverá algo mais doce que as memórias da infância?
Depende é claro, da infância, das memórias e do termo de comparação, mas uma coisa é certa: se a boas memórias acrescentarmos uma receita doce, o resultado é sempre um petisco irresistível!
Esta receita será, talvez, a mais tradicional da família. Contava a avó que o seu pai era um adepto incondicional dela pelo que, seguramente, há quase cem anos adoça os convívios familiares!
Recordo-me que era presença obrigatória nas passagens de ano de uma querida tia-avó, que também já partiu. Na altura, quando as brincadeiras com os primos do coração falavam mais alto, e o paladar ainda fugia a sabores novos, esta delícia era, porém, um forte argumento para me prender à mesa!
E é tão simples de preparar como gostosa de provar!
Leva-se uma lata de leite condensado, fechada, a cozer. Na panela de pressão, vinte minutos serão suficientes; numa panela tradicional, o tempo dobra.
Utilizar o leite condensado já cozinhado que hoje se encontra facilmente à venda não permite o mesmo resultado, pois com a cozedura tradicional obtém-se um creme mais espesso e concentrado, deliciosamente aromático, macio e doce ao paladar… Hum…
Depois de a lata arrefecer, abre-se e deita-se o seu conteúdo cor de caramelo numa travessa funda, de preferência transparente, para ser visível o contraste do leite condensado com as natas batidas que agora colocamos por cima.
Decora-se com gomos de tangerina, artisticamente colocados, e/ou pinhões. Vai ao frigorífico, pois frio é ainda mais agradável.
Provo, e mantenho assim viva a tradição!

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