terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cara-metade

Vanessa vivia nessa ilusão novelesca de encontrar um príncipe encantado.
Sonhava com a sua chegada, não num corcel de negro pelo lustroso, mas sim num automóvel topo de gama, acabado de estrear. (Nisso era bastante terra a terra!)
Imaginava-o a tomá-la nos braços, e a resgatá-la da monotonia dos dias, levando-a para um palacete junto ao mar.
Era pois com esta bitola que procurava a sua cara-metade. E era assim que deixava de conhecer bem mais de metade das caras interessantes que com ela se cruzavam no dia a dia…

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